O presidente do diretório do Partido dos Trabalhadores de Campina Grande (PT-CG), Alexandre Almeida cobrou na manhã desta quinta-feira (26), um posicionamento dos parlamentares campinenses Cássio Cunha Lima, Romero Rodrigues e Rômulo Gouveia ligados ao Governo do Estado, a respeito das declarações da reitora da UEPB Marlene Alves e da Associação dos Docentes da universidade dando conta de que o governo do Estado teria ferido frontalmente a Lei da Autonomia da instituição.
Alexandre Almeida conclama a esses parlamentares que apelem junto o governador Ricardo Coutinho que retroceda nesta decisão que retirou da UEPB mais de R$ 106 milhões em recursos. Para ele a UEPB que foi estadualizada pelo ex-governador Burity e teve a autonomia decretada no governo de Cunha Lima não merece este desrespeito. “Temos que ficar atentos, pois hoje se apresenta como candidato oposicionista a prefeitura de Campina Grande Romero Rodrigues que silenciou-se completamente quando a universidade sofre um dos piores momentos de sua existência”,
O petista que é um incentivador de 1ª hora de um ensino público de qualidade vem a conclamar a sociedade civil a se manifestar contrário o fim da autonomia deste campus. Em nome de toda a comunidade estudantil da cidade o dirigente petista demonstra estar preocupado, pois lembra que outro acordo firmando entre os docentes da UEPB e o Governo do Estado acabou. Trata-se do acordo para o cumprimento da lei de Autonomia Financeira, conquistada pela instituição desde 2004, que tinha prazo final até o dia 30 deste mês.
Alexandre se solidarizou a reitora Marlene Alves que ontem (31) em entrevista a mídia paraibana denunciou o descumprimento da Lei da Autonomia da Universidade. De acordo com a reitora, o governador publicou no Diário Oficial uma mensagem determinando que o repasse mensal a UEPB passaria a ser de R$ 18 milhões fixos. Isso segundo a reitora fere a lei da autonomia, que garante um repasse de 5,77% da receita ordinária do estado, que pode variar. Pelo que rege a Lei, a instituição deveria receber R$ 27 milhões ao invés dos R$ 18 milhões fixados pelo governador.
Na prática, na avaliação da reitora, é o fim da autonomia da Universidade, que não terá mais recursos suficientes para executar os projetos do seu plano piloto de crescimento. “Uma conquista de 7 anos foi jogada no lixo” lamentou, enfatizando que governador feriu a lei quando reduziu o valor do duodécimo da instituição.
A reitora também questionou a nova forma que o governo usará para calcular o valor dos repasses para a universidade. Ao invés de um aumento mensal, o valor do duodécimo será calculado com base no orçamento anual do Estado.
De forma incisiva ela disse que a Lei da autonomia da UEPB, foi rasgada. “A UEPB não tem em seu DNA a natureza de ser serva. Nós iremos lutar pela maior conquista da universidade, que é a nossa autonomia”, disse Marlene Alves.Assessoria