O anúncio foi feito hoje, depois de reunião entre o Superintendente do Ministério da Agricultura na Paraíba, Bruno Roberto e Plínio Leite, coordenador nacional do Programa de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa.
O quadro é grave e por não ser um problema que está aos olhos de todos, o Governo do Estado trata como se não existisse.
O fato é que Secretaria de Desenvolvimento da Agropecuária e Pesca tem uma série de responsabilidades que não estão sendo cumpridas, dentre as quais foram comprovadas nos relatórios apresentados durante a reunião:
“a falta ou a má distribuição de pessoal no Estado, algumas unidades como a de Sapé estão sem Médico Veterinário, corte de gratificações que culminou em desmotivação, jornada de 6 horas de trabalho de grande parte dos médicos veterinários, contribuindo para a diminuição da eficiência dos serviços, falta de recursos para custeio das regionais e locais, ausência de uma legislação estadual de defesa sanitária animal adequada e atualizada, falta de um sistema de informação adequado que proporcione um cadastro estável e confiável dos produtores, propriedades e animais, não há um controle eficiente de movimentação de animais, inexistência de fiscalização em feiras e aglomerações de animais, etc”, citou Bruno Roberto.
Bruno também expôs que até o momento o Governo do Estado ainda não encaminhou ao Ministério o plano de ação oficial para cumprimento das recomendações feitas pelo Departamento de Saúde Animal na última auditoria realizada no ano passado na Paraíba, nem tão pouco os dados oficiais do fechamento da campanha contra a febre aftosa de novembro de 2011.
Provocada pelo Ministério, a Secretaria de Desenvolvimento da Agropecuária e Pesca afirmou não ter previsão de quando irá fechar os dados.
Depois de tudo isso, o coordenador Plínio Leite revelou a realização de nova auditoria para averiguar as condições dos serviços agropecuários realizados na Paraíba. Se tudo permanecer como está hoje, o Estado irá ficar isolado e proibido de realizar trânsito animal.
O problema não atinge só quem exporta animais ou produtos pecuários, mas acarreta problemas internos com os produtos que circulam em solo paraibano.
com Assessoria