Não sou daqueles que lambe a sola do sapato de Ricardo Marcelo(foto) toda vez que ele cruza as pernas e um dos pés fica suspenso, muito menos integro o time dos jornalistas que desejam saúde a ele mesmo antes de espirrar, e, antes que você fale, não tenho assessoria ou banner da Assembléia no blog, mas estava com uma saudade danada daquele deputado desprovido de pescoço.
Sobressaltados ficamos com aquele estilo leão de chácara de Arthur Cunha Lima e confesso que vi em Edmilson Soares uma réplica daquela truculência que virou conselheiro do TCE – coisas da Paraíba – e me assustei achando ser um Déjà vu do filhote do inominável.
Convenhamos, Ricardo é light – estou falando do Marcelo -, conciliador e previsível. Edmilson, não. É bajulador, lambedor de botas e subserviente ao governador.
Em sua passagem pela presidência daquela Casa, tenham certeza que não deixou saudade, talvez, no máximo, em um de seus assessores, pois de ninguém terá um minuto de reza para que ele mais uma vez assuma a presidência.
O engraçado é que eu não conhecia esta faceta de clonagem fácil de Edmilson Soares. Lembro-me dele ainda nos anos 70 lá em Jaguaribe como o irmão da mulher de Ari que gerenciava aquela fábrica de tela.
Depois cruzei com ele lá pelas bandas do Lyceu, já como professor, mas nunca imaginei que tivesse vocação para a política e muito menos a facilidade de introjetar em sua alma a personalidade dos outros, só para agradar.
Em sua passagem pela presidência da Assembléia Edmilson foi um Arthur Cunha Lima, o leão de chácara que faz um poder independente se ajoelhar diante de outro vergonhosamente.
Ainda bem que Ricardo Marcelo voltou e que, por favor, não invente de adoecer ou tirar licença, pois todos tiveram uma sensação angustiante de Déjà vu.
E tirania em dose dupla ninguém merece.