Quando o deputado federal Aguinaldo Ribeito estabeleceu agosto como data limite para João Azevedo anunciar Lucas como candidato a governador, a copa da Granja Santana foi alertada para ir baixando devagarinho a temperatura do cafezinho, indo de morno até bem geladinho.
Inteligente, João pulou a fogueira, manteve a timeline longa até o anúncio, o que só deverá acontecer na última semana de março, bem próximo do governador decidir se arrisca e renuncia ou se fica até o final no governo.
É que a rádio corredor já está tocando o dia todo em seu hit parade a música “Wuem é o gostosão daqui? Sou eu, sou eu, sou eu!”.
É que, como todos já sabem e comentam, Aguinaldo recebe toda semana centenas de agentes públicos em seu escritório, em João Pessoa, e no habinete, em Brasília.
A paleta vai de prefeitos a secretários de estado, lideranças e multiplicadores com algum vínculo com a máquina pública.
De uma maneira mais discreta, tem recebido empresários com negócios com a máquina pública ou com interesses futuros.
A conversa hoje só é boa se o interlocutor conversar com João e depois for com Aguinaldo. Com o governador, o papo republicano; com Aguinaldo, a modulação do agora e da coisa mais longeva.
Qual a surpresa?
Dércio Alcântara