Profissão difícil essa dos advogados. O cliente se mete nas piores das complicações e o advogado tem que fabricar uma justificativa que convença a Corte sobre a inocência do camarada.
Pois a justificativa para negar o nepotismo apresentada pelo advogado de Fernando Catão, Carlos Aquino, foi de que se houve algum culpado nessa história foi a Assembleia, que indicou o nome de Catão para assumir a Corte de Contas do Estado.
“O governador só fez referendar a escolha da Assembleia e assinou o ato. Não foi o governador quem fez a indicação ou escolha”, disse Aquino hoje, durante entrevista em João Pessoa. Por tanto, no mundo da imaginação do advogado não houve qualquer nepostismo.
Pronto, está tudo resolvido. A culpa é da Assembleia, que não recebeu nenhuma mensagem do então governador Cássio Rodrigues da Cunha Lima sobre sua preferência, os deputados não fizerem campanha interna para Catão e nada (nenhum cargo ou altíssimas recompensas) foi oferecido para os deputados que pretendiam se opor a indicação do nome de Fernando Catão: NÃO!
Bem… “a culpa é da Assembleia”.