Na noite do último domingo (7), ocorreu o primeiro debate entre governáveis da Paraíba, na TV Manaíra afiliada da Band no estado. Adjany Simplicio, candidata do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), e única mulher a disputar o cargo, enfatizou a necessidade de políticas públicas destinadas às mulheres paraibanas.
Em sua fala, a candidata reafirmou a importância de construir políticas públicas direcionadas à prevenção da gravidez, sobretudo na adolescência, e de se fortificar as frentes de combate à sistemática da violência e do abuso sexual que permeia as mais diversas camadas da sociedade, tendo como berço, frequentemente, o próprio seio familiar. Um dos pontos centrais no seu projeto é o enfrentamento à sistemática da violência que, no âmbito das escolas, se traduz em uma educação sexual crítica e comprometida com as demandas e os direitos das mulheres.
Assegurando a força das suas propostas, Adjany Simplicio usou o seu turno para trazer ao foco político questões essenciais para a sociedade que são contundentemente ignoradas pelos demais candidatos e seus projetos, tais como o fortalecimento das redes de apoio e de acolhimento às mulheres e a interiorização dos tratamentos médicos de média e alta complexidade, pautas essas que são consideradas seriamente apenas por meio da participação efetiva de mulheres na política.
De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2022, houve na Paraíba uma variação de 156,6% nos casos de tentativa de estupro e estupro de vulnerável, com as taxas passando de 0,5 %, em 2020, para 1,2%, em 2022. Considerando apenas estupro de vulnerável com vítimas mulheres, essa variação é de 616,9%, passando de 48 casos absolutos em 2020 para 346 em 2021.
Esses dados denunciam e quantificam realidades vivenciadas por pessoas vulneráveis, mulheres e adolescentes, atentando contra a dignidade, a segurança e a autonomia de seus corpos. No Brasil governado por Bolsonaro, a política da violência é a prática do cotidiano: através do discurso de ódio e das políticas armamentistas. A violência, incluindo de gênero, que é marca desses 4 anos de governo Bolsonaro é consequência direta do golpe de 2016, que tirou a primeira mulher eleita da presidência do país.
É em combate a essa realidade que Adjany Simplicio levanta sua voz, tirando as pautas das mulheres das margens políticas, levando essas demandas em diversas frentes e lutando pelo direito ao futuro da Paraíba e com Lula na Presidência.