Na fábula original, João sobe no pé de feijão para chegar na terra de gigantes, mas aqui na Paraíba, onde tudo é diferente, João está no alto do pé de feijão e lá no chão estão os anões.
Explico: após tentar muito sem êxito separar João e Veneziano, no meu entender a união que garante a vitória do grupo, a oposição se dividiu em várias pré-candidaturas, travando entre si uma guerra de anões.
Num dia lançam Pedro, noutro lançam Nilvan, falam também em Cartaxo, Lígia e Sérgio Queiroz.
E se de um lado o grupo do governador tem problemas por ter muitos nomes querendo João, mas brigando pelas outras duas vagas da chapa, na oposição todos querem ser candidatos a governador e só Bruno Roberto fala na vaga de senador.
Há quem diga que teremos em 2022 a repetição da eleição de prefeito em João Pessoa; muitos candidatos fatiando a disputa heterogênea.
Quem ganha com isso? Oposição dividida ou situação unida? Elementar, meus caros!
O MDB nesse contexto aparece como o fiel da balança, o pêndulo que pode decidir a eleição no primeiro ou no segundo turno, lançando ou não candidato, participando ou não da chapa majoritária.
Daí a importância para o governador de consolidar a renovação da aliança, harmonizar com o senador Veneziano e empecilho não há, pois ambos divergem, mas o respeito está mantido e as janelas e portas abertas.
O MDB é a noiva vistosa e cobiçada dessa eleição e está pronta para ser pedida em casamento ali na sede da Beira Rio.
Dercio Alcântara