EXCLUSIVO – Ao ler no Plenário da Assembléia a carta denúncia que nós jornalistas entregamos à Associação Paraibana de Imprensa e a Ordem dos Advogados do Brasil esta semana sobre o cerceamento a liberdade de imprensa e perseguição a jornalistas, fato amplamente divulgado na Paraíba e que já repercute em nível nacional, o deputado estadual do PT Anísio Maia ampliou a combustão ao revelar que há um esquema de violação do sigilo telefônico na Paraíba.
Ele refere-se à informação que repercutimos aqui no blog de que uma alta fonte da secretaria de Segurança garante que os sistemas de monitoramento AIKO e Guardião estão com suas finalidades desvirtuadas e, ao invés de estarem sendo utilizados pela inteligência para grampear marginais, estão sendo utilizados para monitoramento de políticos, jornalistas, empresários e até membros do Judiciário.
Já estamos de posse da lista com 38 nomes e estamos checando alguns procedimentos técnicos para torná-la pública. É estarrecedor saber que precisaram recorrer a esse expediente e em muitos casos espionando até corrreligionários.
Posso adiantar que o grampo encontrado na sala do presidente da Assembléia, Ricardo Marcelo é parte desse monitoramento, como também a confissão pública do radialista chapa branca Fabiano Gomes, que esta semana disse com todas as letras no Correio Debate – já tenho o áudio em meu poder para entregar a comissão da OAB que investiga o caso – que tinha gravações telefônicas provando que os radialistas Gutemberg Cardoso e Nilvan Ferreira não eram éticos e tinham preço, confirmam a lista, pois ambos, assim como Ricardo Marcelo, estão entre os monitorados pelo núcleo duro do Coletivo Ricardo Coutinho, provavelmente sob o comando do Secretário de Comunicação Nonato Bandeira.
De quem Fabiano recebeu essas gravações? Quem as autorizou? Com qual equipamento? Tudo isso vai se tornar público na próxima semana.
Outra coisa, como o nome de dois senadores constam na lista é provável que o caso seja levado à esfera federal.