Daniella Ribeiro lidera as pesquisas em Campina porque há no eleitor, sempre, um desejo natural de botar alguém no comando da máquina que possa representar mudança. É o que chamamos de ímpeto e desse impulso aventureiro nasceram Collor e Ricardo Coutinho, só para citar os desastres políticos mais recentes.
Como pode alguém que traz no gene familiar mais de 150 anos de atraso político com sequelas hediondas querer se dizer a novidade ou que é independente?
O que estará em debate nesta eleição de Campina são os três modelos de gestão que cada um representa. Podem via marketing criar uma embalagem nova para o sabonete “Vale quanto pesa”, mas na essência ele será o mesmo.
Daniella representa o modelo de gestão do pai Enivaldo Ribeiro e o modus operandi do irmão Aguinaldo Ribeiro, mas nunca esqueçam que ela traz no sangue o karma de quem luxou as custas daqueles que eram trabalhadores escravos do seu avô Aguinaldo Veloso Borges e dos que tombaram vítimas de sua violência coronelista, a exemplo de João Pedro Teixeira e Margarida Maria Alves, afora anônimos enterrados em cova rasa sem nenhuma identificação.
Podem dizer que Daniella não sujos as mãos de sangue que a herança familiar é só a parte boa, mas não esqueçam que a família Ribeiro vive até hoje do que foi herdado no espólio político e material do patriarca.
Daniella é como se a filha de Paulo Maluf fosse lançada para remoçar o clã junto ao eleitorado. É uma fachada reciclada da mesma intenção. Eleita, não apitará em nada e vai comer na mão do irmão, Aguinaldo, hoje ministro, quem realmente administrará Campina.
Visitem a pequenina Pilar, onde a mãe de Daniella é prefeita, e descubram que os Ribeiros agem da mesma forma em qualquer lugar.
Lá, tudo que Daniella diz que fará por Campina, acontece exatamente ao contrário. Dona Virgínia Veloso Borges come na mão do filho e não manda em nada e sua administração vai de mal a pior sem nunca ter implementado o que prometeu.
A saúde é um desastre e tem problemas com o TCE, a educação é um faz de conta e as obras prometidas nunca chegam. Por exemplo, umas cisternas liberadas pela FUNASA nunca foram construídas, apesar dos recursos terem entrado no caixa.
Se o PP de Daniella vai mudar Campina com ética e transparência, porque não começou mudando Pilar, berço de sua família?
Que Daniella assuma que seu modelo de gestão é o mesmo herdado do pai ou renegue o passado e cuspa no prato que comeu.