Uma reportagem publicada nesta segunda-feira (25) pela revista Veja revelou que o Ministério Público da Paraíba (MP-PB) já havia apontado, em 2022, a situação de vulnerabilidade social de Kamila Maria Silva Félix, de 17 anos, conhecida como Kamylinha, ligada ao influenciador digital Hytalo Santos, atualmente preso sob acusações de exploração de menores e tráfico de pessoas.
Segundo a reportagem, documentos do MP indicavam que a adolescente vivia em “situação concreta de risco”, sem frequentar regularmente a escola e sem acompanhamento psicológico adequado, mesmo apresentando um histórico de depressão, automutilação e tentativa de suicídio.
Na época, o MP ingressou com uma medida protetiva contra os pais da jovem, Francisca Maria Lira Silva e Erismar Félix Figueiredo. A decisão determinava que Kamylinha:
retomasse os estudos em uma escola na Paraíba;
voltasse ao acompanhamento psicológico;
e que Hytalo Santos apagasse vídeos da adolescente de suas redes sociais.
De acordo com a Veja, os pais cumpriram as determinações, mas Hytalo se recusou a assinar a recomendação para remover os conteúdos publicados.
Nos registros anexados ao processo, Kamylinha relatou ao MP que recebia apoio financeiro do influenciador, que custeava despesas escolares, roupas, um celular e ainda repassava valores mensais à mãe da jovem. Além disso, afirmou que passava longos períodos na casa de Hytalo Santos.
Já o pai da adolescente, em depoimento, disse não concordar com o estilo de vida da filha e relatou episódios de violência doméstica no ambiente familiar. O caso acabou sendo arquivado posteriormente.
Prisão e transferência
Atualmente, Hytalo Santos e seu marido, Israel Natã Vicente, estão presos no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pinheiros, em São Paulo. A expectativa é que ambos sejam transferidos para a Paraíba a qualquer momento, onde devem responder à Justiça local.
O caso segue em grande repercussão nacional, envolvendo não apenas a atuação do influenciador e seu relacionamento com adolescentes, mas também apontando falhas em medidas de proteção que já haviam sido determinadas anos antes.
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