O senador Efraim Filho (União Brasil) acusou o PL de faltar com lealdade com o prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (União Brasil), que concorrerá à reeleição nas eleições de outubro deste ano. O Partido Liberal retirou, nesta semana, seu apoio à pré-candidatura de Bruno, anunciando que lançaria um projeto próprio para o pleito municipal na Rainha da Borborema.
Efraim lembrou que Cunha Lima foi um dos pouco prefeitos do Nordeste que esteve ao lado de Jair Bolsonaro, do PL, na eleição presidencial de 2022, o que deveria ser motivo para uma reciprocidade em 2024. Contudo, o parlamentar destaca que não está cobrando a lealdade do PL ao União Brasil, visto que a legenda não foi sua aliada no último pleito.
“Em Campina Grande, Bruno votou no PL. Em Campina Grande, Bruno votou em Bolsonaro. Bruno teve lealdade ao projeto de Bolsonaro. O que eu estou querendo dizer é que não há legitimidade para cobrar a reciprocidade do União Brasil, porque eles nunca estiveram comigo. Agora, Bruno esteve com Bolsonaro. […] Então, quer dizer, o Bruno foi talvez o maior prefeito da maior cidade do Nordeste que declarou um apoio a Bolsonaro”, ponderou.
Na última quarta-feira (24), a direção nacional do PL, liderada por Valdemar Costa Neto, retirou o apoio à reeleição do prefeito Bruno Cunha Lima em Campina Grande. A sigla decidiu lançar uma candidatura própria para as eleições municipais deste ano, afirmando que não pode ficar de fora da disputa pelo Poder Executivo.
O senador ainda ressaltou a incoerência de membros conhecidos do PL, como Cabo Gilberto e Walber Virgolino, que desfrutaram do camarote da prefeitura na edição de 2024 do Maior São João do Mundo, em Campina Grande.
“Cabe agora o novo comando de Campina Grande, que tem eles à frente, avaliarem toda essa situação de lealdade que Bruno teve ao projeto de Bolsonaro, porque a repercussão que se tem ouvido dentro da própria Campina Grande é de que, para quem acompanhou Bruno defendendo Bolsonaro, levar essa tomada de partido às vésperas de uma convenção, inclusive, é aquilo que há de mais velho na política, o novo começa de uma forma antiga, arcaica e obsoleta, tomando partido às vésperas das eleições”, declarou Efraim Filho.