O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) passou a adotar, oficialmente, os termos “Favelas e Comunidades Urbanas” e não mais “Aglomerado Subnormais” no Brasil.
A mudança é um avanço para a autoestima e identificação dos que moram e geram riquezas nestes territórios, que veio a partir de uma parceria da CUFA, do Data Favela, Ministério do Planejamento e IBGE.
Foi a partir desta união, inclusive, que o Censo Demográfico 2023 foi concluído. A parceria criou o projeto Favela no Mapa, que possibilitou a coleta de dados dentro das favelas e formação de agentes e recenseadores dentro das próprias comunidades.
Para além disso, em seus 26 anos de existência, a CUFA tem sempre demarcado e defendido a utilização do termo “Favela” em todo projeto que desenvolve.
A publicação do livro “Um País Chamado Favela”, espécie de raio-x destes territórios, o campeonato de futebol Taça das Favelas e a Expo Favela Innovation Brasil, a maior feira de negócios que conecta a favela e o asfalto, são a um só tempo a prova e o resultado de todo esse esforço.
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, respaldou a mudança que o IBGE realizou por sugestão da CUFA ratificado em um grande seminário o termo “Favela” .
Tebet reconheceu e agradeceu o trabalho e parceria com a CUFA realizado no início do ano, essencial para a conclusão do Censo Demográfico 2023.
Da parceria entre o IBGE, Ministério do Planejamento, DATA FAVELA e CUFA foi possível obter informações como:
1 – o Brasil possui hoje mais de 13 mil favelas;
2 – nestas, moram mais de 17 milhões de habitantes;
3 – se reunidas, todas as favelas brasileiras formariam o terceiro maior Estado do país;
4 – o poder de consumo e portanto de produção anual das favelas brasileiras é de R$ 202 bilhões.