A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado da Paraíba (Ficco-PB) concluiu as investigações sobre o ataque a um ônibus de transporte coletivo de João Pessoa, acontecido em julho deste ano, que resultou na morte do motorista Silvano da Silva. Conforme o delegado Victor Melo, da Polícia Civil, o ato foi consequência de uma guerra entre facções rivais que disputam território. Sete criminosos foram indiciados.
“Finalizamos o inquérito e agora resta capturar os três que ainda estão foragidos. Foram vítimas desse ataque não só as pessoas que estavam no ônibus, mas toda sociedade paraibana”, declarou o delegado.
De acordo com as investigações, cinco pessoas tiveram participação direta no incêndio ao ônibus: dois criminosos entraram no veículo, agrediram o motorista e atearam fogo no veículo; dois conduziram o veículo utilizado na fuga, além do suspeito que se diz motorista de transporte alternativo, acusado de atuar como olheiro da facção.
Já outros dois criminosos foram identificados e autuados como sendo mandantes do ataque. Ainda segundo o delegado, um dos suspeitos de atear fogo no ônibus foi assassinado por uma facção rival no município de Cabedelo, onde tentou se esconder.
O crime
Na noite da terça-feira 18 de julho, por volta das 21h, criminosos incendiaram um ônibus que faz a linha 600, em João Pessoa. Os bandidos espalharam combustível no interior do veículo, atearam fogo e fecharam as portas com o motorista e os passageiros dentro. Três pessoas ficaram feridas no ataque, entre elas o condutor do ônibus.
O motorista Silvano da Silva, de 48 anos, teve 50% do corpo queimado e faleceu depois de 11 dias internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Emergência e Trauma da Capital.