U$ 30 bilhões. Este é o valor estimado do mercado global fantasy sports até 2027, segundo projeção apresentada no relatório “Fantasy Sports Market by Product, Platform and Geography – Forecast and Analysis 2023 – 2027”, da Technavio.
Avaliado atualmente em U$ 22 bilhões, o mercado deve crescer cerca de 37% em até 4 anos e essa onda crescimento global que deve se concretizar no Brasil, segundo especialistas. Aqui o mercado apresenta potenciais para se consolidar como o terceiro maior mercado do segmento, atrás apenas de EUA e Índia.
Responsável pela movimentação de R$ 66 milhões em receitas no Brasil, durante o ano passado, este segmento tem expectativa de crescimento de 120% até 2026 e, diante da perspectiva de se tornar um setor regulamentado – a partir da aprovação do projeto de Lei 2796/2021, pelo Congresso Nacional –, a expectativa de alcançar este percentual se torna ainda mais real, como explica o presidente da Associação Brasileira de Fantasy Sports (ABFS), Rafael Marcondes.
“Acreditamos que o Marco Legal vai potencializar o crescimento da indústria do entretenimento, porque, além da transparência jurídica, o efeito imediato desta mudança é a segurança para consumidores, investidores e operadores, consolidando ainda mais o mercado de jogos no Brasil. O texto define com clareza os pressupostos de funcionamento de fantasy games e jogos eletrônicos e com regras mais claras haverá maior poder de atração de investimentos, nacionais e estrangeiros”, observou.
Além disso, outros números que chancelam a visão do presidente estão na Pesquisa Game Brasil de 2022 – desenvolvida pelo Sioux Group e Go Gamers, em parceria com Blend New Research e ESPM – que mostra que em termos de usuários 65% das pessoas no Brasil se dizem adeptas a jogos eletrônicos, o que representa mais de 139 milhões de pessoas.
“Estados Unidos e Canadá somam mais de 62,5 milhões de praticantes, segundo a Fantasy Sports & Gaming Association (FSGA). O Brasil já conta com cerca de 30 milhões de praticantes e com mais recursos será possível obter mais investimentos em tecnologia e inovação, deixando o mercado brasileiro mais competitivo frente a outros países”, afirmou.
Marcondes observa também as diferenças entre como o Brasil lida com o tema diante do cenário internacional, e destaca, por exemplo, o Unlawful Internet Gambling Enforcement Act (UIGEA) – norma que regulamenta o jogo online nos Estados Unidos, principal mercado no mundo em se tratando de fantasy sport – para coibir o mercado ilegal de jogos e explica ainda que as há regras que configuram fantasy sport. Determinações que inspiraram o texto apresentado no Brasil.
“Nos EUA o UIGEA estabelece o que deve ser considerado como fantasy game, diferenciando-o de outras modalidades. Aqui no Brasil, o texto em tramitação no Senado foi estruturado com base nas diretrizes hoje vigentes no mercado americano, não por ser apenas o número 1 no mundo, mas por estar bastante amadurecido em termos legislativos”, declarou.
Assessoria/ Associação Brasileira de Fantasy Sports.