O motoboy Ellai Guedes, que acusou uma cliente de ter jogado um pote de açaí contra ele, pode estar mentindo sobre a história. A suspeita foi levantada após o jovem não ter prestado queixa junto à Polícia Civil até essa segunda-feira (27). O caso teria acontecido na cidade de Patos, na última sexta-feira (24).
Com o silêncio do motoboy, o delegado Paulo Rabelo informou que uma equipe foi designada para localizá-lo, a fim de que ele possa esclarecer o caso ainda hoje e prestar a queixa, se for necessário. “Ele não registrou nada. Mandei uma equipe localizar ele hoje para ser ouvido“, garantiu.
O delegado diz que, caso a história contada por Ellai for falsa, ele poderá responder pelos crimes de calúnia e difamação. Segundo Rabelo, esses casos não são punidos com prisão, por serem crimes de menor potencial ofensivo, mesmo assim podem trazer muita dor de cabeça.
De acordo com o artigo 138 do código penal, caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime, resulta em pena de detenção de seis meses a dois anos e multa. Já o Artigo 139 diz que difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação, pode provocar detenção de três meses a um ano e multa.
O episódio do açaí na cara repercutiu nacionalmente. O motoboy narrou a suposta agressão em seu perfil no Instagram, mostrando o rosto e a roupa ainda sujos em razão do lanche. Depois do fato, ele ganhou seguidores e presentes, conforme vem mostrando nas suas redes sociais.
Ao ser pressionado por ainda não ter feito a denúncia e não ter divulgado o endereço da suposta agressora, Guedes declarou que não pode expor a localização da mulher, pois não é dessa forma que irá resolver o problema. Ele ainda pediu mais uma vez para que as pessoas deixem de perseguir inocentes que estão sendo apontados como seus agressores.