O deputado estadual Júnior Araújo, do PSB, disse em entrevista nessa terça-feira (07) que jamais se aliaria ao grupo político de José Aldemir (Progressistas), atual prefeito de Cajazeiras. Ele chegou a comparar a certeza de que nunca apoiará o adversário com a certeza da morte.
O parlamentar explica que Aldemir faz uma política ultrapassada, que desrespeita o oponente e não dialoga. Já seu modo de fazer política é baseado na junção, na unidade e, sobretudo, no respeito aos divergentes.
“A única certeza que eu tenho na vida, igual a que eu vou morrer, não sei se amanhã ou futuramente, é que não temos condições de conviver politicamente com Zé Aldemir, por um motivo muito simples, ele faz uma política totalmente diferente da que eu acredito e da que eu defendo. Eu defendo política de diálogo, de junção, de unidade, e mesmo estando em palanques diferentes, de respeitar o ser humano, respeitar a família, respeitar o irmão, o filho, essa é minha política e isso Zé Aldemir não consegue entender. Ele ao longo dos seus quatro anos de mandato, com quase 80 anos de idade, ele não consegue enxergar que a política que ele faz é ultrapassada, que nos dias atuais não é mais aceitável, por isso é bom continuar dessa forma, ele no lugar dele e eu no meu”, declarou Júnior.
No entanto, Araújo afirmou que na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) conserva uma relação respeitosa com Doutora Paula (Progressistas), esposa de Zé Aldemir. Segundo ele, a deputada age e tem uma personalidade diferente da do marido. “A maturidade me fez entender que não posso julgar a deputada pelas atitudes do esposo”, completou.
Questionado se iria disputar a Prefeitura de Cajazeiras em 2024, Júnior Araújo não descartou colocar seu nome à disposição, dizendo estar preparado para ser oposição ao atual prefeito, devendo colocar seu grupo para participar do pleito municipal.
“Quem faz política, sempre tem que estar pronto para as convocações que a vida chama. Acabei de ser eleito para um mandato de mais quatro anos e agradeço aos quase 42 mil votos. Seria até uma falta de respeito com quem acreditou em mim, no entanto, nós iremos fazer essa discussão ouvindo as lideranças políticas e a população. Se tiver um nome que agregue mais, pode ter certeza que não serei empecilho”, pontou.