Uma matéria da Folha de S. Paulo publicada nesse domingo (08), na coluna Painel e assinada por Fábio Zanini, destacou que a pré-candidatura de Ricardo Coutinho (PT) ao cargo de senador está inelegível. Por esta razão, segundo a reportagem, o PCdoB poderá indicar um candidato ao Senado pela federação formada entre o partido, PT e PV.
A matéria aborda a reclamação de parlamentares petistas com a falta de estratégia da legenda na definição de pré-candidatos ao Congresso Nacional. Mesmo com uma ala do PT acreditando que o ex-governador da Paraíba possa se livrar das condenações estabelecidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o PCdoB quer apresentar um nome para evitar que a união das siglas fique sem representante no pleito eleitoral.
O TSE tornou Coutinho inelegível por abuso de poder econômico por oito anos, contados a partir de 2014, impossibilitando uma candidatura para este ano.
Acontece que o PCdoB já apresentou a pré-candidatura do professor Rangel Júnior para o Senado e o PT tem o nome de Ricardo para a vaga, que é um opositor do atual governador João Azevêdo (PSB). Já o ex-reitor da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) é aliado do gestor estadual.
No cenário nacional, a situação do PT é considerada mais crítica pois das oito pré-candidaturas lançadas ao Senado, apenas a de Wellington Dias (Piauí) e de Camilo Santana (Ceará) estão confirmadas.
Questionada sobre o assunto, a presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, afirmou à Folha que as direções estaduais foram orientadas sobre o assunto e rechaça a crítica. “Esses parlamentares deveriam procurar seus diretórios e ajudar a construir. Nosso GTE [Grupo de Trabalho Eleitoral] já fez inúmeras reuniões e nossa secretaria de Organização está acompanhando a formação das chapas”, declarou à Folha.