Além do Podemos e do PSDB, que já iniciaram as tratativas para uma federação com o Cidadania, o PDT, do pré-candidato ao Palácio do Planalto, Ciro Gomes, também estaria interessado na união. O presidenciável, inclusive, já procurou por Roberto Freire para formalizar o desejo de agregar forças com o partido.
A informação foi confirmada ao Bahia Notícias pelo vereador Joceval Rodrigues, que é presidente do Cidadania na Bahia, faz parte da direção nacional e tem participado dos debates para a consolidação de federação da legenda. Ainda conforme as informações, o Podemos, desde a semana passada, e o PSDB já haviam entregado documentos ao diretório nacional do Cidadania formalizando a intenção de participar do acordo. Agora, o PDT também entrou na equação.
Com a movimentação, o Cidadania trabalha para viabilizar uma candidatura própria à presidência da República, com o nome do senador Alessandro Vieira (SE) e reuniões nos próximos dias podem trazer uma definição ao cenário. Ainda não há indicativo se Ciro Gomes estaria disposto a abrir mão de sua candidatura caso o PDT seja o escolhido – algo improvável com a atual conjuntura.
Segundo apuração do BN, a intenção do partido é ‘federar’ com apenas mais uma sigla entre Podemos, PDT e PSDB, e ainda não há indicativo de qual é a preferência dentro da executiva.
Em paralelo a essas articulações, com a possibilidade de federação entre o Podemos e o Cidadania, membros da cúpula do União Brasil ligados ao PSL tem intensificado conversas para filiar o ex-juiz Sergio Moro – recém incorporado ao Podemos, com pré-candidatura ao Planalto lançada.
De acordo com informações do Metrópoles, Moro inclusive teria fechado um acordo com a presidente nacional do Podemos, Renata Abreu, para decidir sua permanência ou não no partido para a disputa à Presidência da República. Ele pediu para Renata que garantisse à campanha dele um montante equivalente a cerca de 50% do valor total do fundo eleitoral que a sigla receberá em 2022, calculado em mais de R$ 200 milhões.
Segundo a coluna, Renata, respondeu a Moro que só poderia oferecer metade do que ele havia pedido e justificou que precisará usar o fundo eleitoral para bancar outras campanhas de candidatos do partido a governador, senador, deputado estadual e, sobretudo, deputado federal. Em uma série de reuniões, todas essas lideranças teriam concordado que seria inviável atender ao pedido de Moro.
Diante desse cenário, Renata Abreu e o ex-juiz da Lava Jato selaram um entendimento: se ele achar que o montante do fundo oferecido pelo Podemos é insuficiente, estará “liberado” para migrar para outro partido, sem ressentimentos. Entre eles, o União Brasil, que terá fundão de cerca de R$ 1 bilhão este ano.
Bahia Notícias