Ontem, dia 4 de novembro, foi celebrado o Dia da Favela. Para marcar a data, Thiago Batista, articulador institucional da Central Única das Favelas (CUFA) na Paraíba, esteve no programa 360 graus para falar sobre a importância desse dia para as favelas e também das ações desenvolvidas pela entidade nesses espaços.
Nascido e criado na favela de São Mateus, em João Pessoa, Tiago explica que o termo “favela” não agride os residentes, apesar de ser usado, na maioria dos casos, de forma pejorativa por pessoas de outras classes sociais.
“Eu digo muito a palavra preconceito. O pessoal faz uma pré-avaliação daquilo que nem conhece, daquele conceito que eles não vivem, que eles não sabe o que é”, destacou.
Formada por 78 executivos sociais na Paraíba, sendo 60 somente em João Pessoa, a CUFA trabalha com estratégias de fortalecimento da população da favela, desenvolvendo ações de empreendedorismo, formação dos moradores e promovendo a sua inserção no mercado de trabalho.
No período da pandemia, por exemplo, a organização distribuiu máscaras de proteção, álcool em gel além de chips telefônicos, em parceria com a TIM, para que as crianças pudessem assistir aulas online. Além disso, são distribuídos, mensalmente, 46 toneladas de alimentos aos residentes das favelas assistidas pela CUFA.
Thiago Batista não esconde o seu orgulho de ser um filho da favela. “A favela é em mim. Eu amo a favela, quando perguntam meu nome eu digo Thiago Batista, da favela São Mateus. A favela é onde existem mulheres guerreiras, fortes, que se reinventaram nesse período de pandemia. Eu comparo os moradores da favela à uma fênix, quando acharem que morreu, eles ressurgem das cinzas”, acrescentou.
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