Na votação da PEC do voto impresso, o PSDB orientou seus deputados federais a votarem contra a proposta. 14 deles não seguiram a recomendação e votaram a favor da mudança no sistema de votação eleitoral. O partido então decidiu punir a rebeldia dos parlamentares, mas de um jeito diferente. Os 17 deputados que seguiram a decisão da Executiva ganharão um “bônus” do fundo eleitoral.
Dois tucanos paraibanos foram favoráveis a PEC, Edna Henrique e Ruy Carneiro. Edna justificou seu posicionamento, dizendo que reforçava a transparência das eleições. “Sou a favor porque obriga a expedição de cédulas físicas conferíveis pelo eleitor. Quanto mais transparência no exercício do voto, melhor. Por isso, apoiei e votei em defesa dessa medida, dessa PEC”, alegou.
Antes da votação, a direção da sigla se reuniu para decidir seu posicionamento, fechando que seriam contra a proposta da deputada Bia Kicis (PSL-DF), apoiada pelo presidente Jair Bolsonaro. A decisão poderia resultar até mesmo em expulsão por “justa causa” contra aqueles que desrespeitassem a orientação. Essa punição permitiria que o PSDB permanecesse como “dono” do mandato.
“Se a Executiva não tomar providências, o partido vai ser desmoralizado. Esses deputados descumpriram uma cláusula estatutária. O PSDB deve expulsá-los imediatamente e pedir o mandato”, disse o presidente do PSDB paulistano, Fernando Alfredo.