O ex-senador Cássio Cunha Lima, após o PSDB anunciar apoio a candidatura de Romero Rodrigues para o Governo da Paraíba, trabalhou para desassociar a imagem do ex-prefeito de Campina Grande a do presidente Jair Bolsonaro.
Cássio defendeu que são duas campanhas distintas, com a eleição nacional detentora de características diferentes das particularidades locais. Ele disse que não existe mais “voto casado” e, apesar das alianças e parcerias feitas em âmbito nacional, o eleitor tem o livre arbítrio para votar em quem acha mais competente.
“A eleição nacional tem suas características que, muitas vezes, não comungam com a eleição local. Já vivemos isso. Não será a primeira, você pode ter uma composição da chapa com o candidato a governador vota num candidato a presidente, um candidato a governador vota em outro, ou até mesmo dissidências. Me lembro quando me elegi a primeira vez em 2002 existia um comitê suprapartidário me apoiando e tinha um comitê da dissidência do PT que usava um slogan que era Lula lá e Cássio Cá. Então o eleitor é livre para fazer as escolhas, já não há mais o voto vinculado como aconteceu no passado. Na ditadura vinculava-se o voto justamente para tolher a liberdade de escolha do eleitor. O eleitor é soberano, ele vai escolher de forma múltipla. A soberania do voto é exercida pelo eleitor. É necessário ter compreensão disso. Vamos somar forças e olhar para Paraíba”, argumentou.
Não é a primeira vez que tentam desvincular Romero de Bolsonaro. O próprio ex-prefeito já afirmou que não vê problemas em conversar com direita ou esquerda e que sua campanha não será, necessariamente, ligada ao presidente. Em contrapartida, Bolsonaro não para de tecer elogios a Romero, deixando até mesmo de mencionar fervorosos bolsonaristas paraibanos.