O intervalo entre as duas doses da vacina da Pfizer contra a Covid-19 será reduzido para 21 dias. A diminuição foi confirmada pelo secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, nesta segunda-feira (26) e tem como propósito frear a propagação da variante Delta, considerada mais agressiva e transmissível.
O laboratório, junto ao Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e ao Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) ainda avaliam detalhes como a data, o cronograma de abastecimento e a forma como será feita a antecipação. Está previsto para esta semana o anúncio da decisão final.
“A gente precisa verificar o cenário de abastecimento, porque a Câmara Técnica já sinalizou que é interessante avançar a imunização em primeira dose e, só então, quando a gente tiver um cenário mais tranquilo de imunizados com a primeira dose, a gente reduz o prazo para completar a imunização”, afirmou Cruz.
O novo prazo obedece o que consta na bula da Pfizer. O intervalo adotado atualmente pelo governo é de três meses a fim de ampliar a imunização parcial da população. Contudo, a proteção contra a cepa Delta é baixa com uma única dose: 10%, segundo estudo do Instituto Pasteur, da França. A taxa sobe para 95% quando completado o esquema vacinal.
Programa de testagem
Segundo o secretário, o ministério e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) estão firmando parceria para realizar um programa de testagem em massa. Ao todo, seriam de 10 a 12 milhões de exames por mês. Faltam detalhes a serem acertados e ainda não há data definida para entrar em vigor. O acordo pode ajudar a dimensionar a contaminação pela variante delta no país.
“A testagem é uma estratégia essencial para a gente conter a circulação do vírus e, neste momento, quando há um certo arrefecimento da pandemia e uma tendência à liberação das atividades econômicas, a estratégia de testagem é fundamental para a gente conter o cenário pandêmico”, continuou o número 2 da Saúde.
O Globo