Empresário bem sucedido e dono de laboratório que fatura alto com muita gente doente, o secretário de Saúde da Capital, Fábio Rocha, é o que se pode chamar de incendiário sistemático da relação entre as gestões Cícero Lucena e João Azevedo.
É como se ele não estivesse satisfeito com essa harmonia por questões ideológicas e quisesse afastá-los, mesmo sabendo que será o pior para João Pessoa ter prefeito de um lado e governador de outro.
Agora ele acusa a secretaria estadual de Saúde de tá segurando vacinas que pertencem a cidade de João Pessoa, coincidentemente o mesmo argumento que o prefeito de Campina, Bruno Cunha Lima, já usou uma vez quando jogou para a plateia do campinismo.
Me parece disputa ideológica e chegou a hora da desideologização das questões sanitárias. Se Fábio Rocha é negativista e pró-Bolsonaro que seja e está no seu direito de livre arbítrio, mas que também o prefeito Cícero pondere com ele que divergências como essas que ele parece fazer questão de tratar na mídia, não tem cabimento e que deveriam ser tratadas de forma institucional.
O empresário Fábio Rocha pode ser o que quiser, pois vive do seu negócio; o secretário Fábio Rocha não, pois é funcionário público. Alguém precisa dizer isso a ele.
Dércio Alcântara