O clima de guerra que assustou moradores da Zona Oeste do Rio logo depois da morte de Wellington da Silva Braga, o Ecko, no último dia 12, pode ter sido causado por uma aliança entre rivais do miliciano e matadores do Escritório do Crime.
A Polícia Civil investiga se Danilo Dias Lima, o Tandera, e o policial civil Rafael Luz Souza, conhecido como Pulgão, se uniram para tentar invadir as áreas que estão sendo controladas pelo irmão do inimigo, Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho.
Ecko extorquia moradores e comerciantes, monopolizava atividades comerciais e serviços, e emprestava dinheiro com cobrança de juros abusivos, em diversos bairros da Zona Oeste do Rio e de municípios da Baixada Fluminense e da Costa Verde. A prática rendia mensalmente ao miliciano um lucro milionário.
As primeiras tentativas de invasão aconteceram horas depois da morte de Ecko, em Campo Grande e Paciência. Para tentar explorar essas regiões, Tandera tem financiado os ataques com armamentos e soldados, e estaria contado com a ajuda de Ygor Rodrigues Santos da Cruz, conhecido como Ygor Farofa, que compõe o grupo Escritório do Crime, segundo informações policiais.
Ambos se tornaram inimigos declarados de Ecko. Em 2018, o serviço de inteligência da Polícia Civil chegou a constatar que havia no grupo de Ecko uma promessa de recompensa de R$ 500 mil para quem matasse Pulgão. Já Tandera rachou com o miliciano no final de 2020, depois de não devolver mais de 20 fuzis emprestados pelo antigo comparsa.
A dupla tinha o objetivo de matá-lo, no entanto, com a sua morte durante a operação Dia dos Namorados, passou a querer o que era do rival.
Com informações do IG.