Em artigo, a senadora Nilda Gondim volta a defender a não privatização da Eletrobras. Para a parlamentar, a manutenção das Centrais Elétricas Brasileiras como empresa pública é uma questão de soberania nacional. No texto, Nilda Gondim afirma que irá lutar contra a desestatização da empresa.
Leia o artigo completo:
Aviso aos mutiladores da Eletrobras: vai ter resistência!
O Estado não precisa – nem deve –ser um polvo com múltiplos tentáculos estendidos sobre todos os setores.
Mas também não pode – e definitivamente não deve – promover mutilações de seus órgãos essenciais.
E a Eletrobras não é um baço acessório para ser descartado sem prejuízo do organismo vivo que chamamos de Brasil.
Geração e distribuição de energia são atividades estratégicas para o desenvolvimento do país.
Nações liberais como Estados Unidos sabem disso e mantém controle sobre o setor.
Economias agressivas como a China também.
Porque entendem que abrir mão desse ativo significa colocar em xeque a própria soberania nacional.
Terceirizando decisões sobre investimentos, políticas de preços de tarifas e planejamento do desenvolvimento nacional.
Mais: energia é um indexador importante do Custo Brasil. É, também, um balizador do desenvolvimento de qualquer nação.
São esses os riscos que envolvem a privatização da Eletrobras, ainda mais quando se pretende fazê-lo de forma açodada e através de mecanismo (Medida Provisória) eivado de inconstitucionalidade, sem um debate profundo e plural.
Por que temos que privatizar a Eletrobras a toque de caixa?
De onde vem tanta urgência?
Será que não é justamente para evitar o debate que revelaria de forma cristalina todos os riscos dessa operação atabalhoada?
A despeito de todas essas contraindicações, a mutilação já está em curso com a aprovação da MP, semana passada, na Câmara Federal.
Mas já avisei aos meus pares: haverá resistência no Senado Federal.
Criando fóruns de debates, já propostos pelo vice-presidente Veneziano Vital.
E elevando as vozes da sensatez.
A Eletrobras merece o esforço.
Os brasileiros também.
Não vamos permitir esse ataque contra um patrimônio importante do nosso povo.
Mesmo que isso envolva uma boa, destemida e republicana briga.
Aos mutiladores do futuro do país, eis o aviso:
Vai ter resistência!