Analisando os boletins de novos casos de Covid-19, em Campina Grande, e o modelo de gestão de combate à pandemia na administração do prefeito Bruno Cunha Lima (PSD) na cidade, observamos uma realidade crua baseada em dados. A Rainha da Borborema caminha a passos largos para ser o foco da terceira onda de casos no Estado da Paraíba. Vejamos que tanto o Hospital de Clínicas de Campina Grande, como o Hospital de Trauma atingiram sua capacidade máxima dos leitos de UTI, na noite desta quinta-feira (06), e o cenário não é diferente no Hospital Municipal Pedro I.
Denúncias dos MP´s – Diversos pontos apresentados por entidades, órgãos, profissionais de saúde e a sociedade em geral, vem ao longo da pandemia revelando erros na condução por parte da prefeitura de Campina Grande. Vejamos nesta semana o Ministério Público da Paraíba (MPPB), o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público do Trabalho (MPT) publicizaram mais uma falha no processo de vacinação na gestão de Bruno. Desta vez, recomendaram a atual administração que ‘observem rigorosamente as diretrizes e a ordem de prioridade definida no Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19 e as Resoluções da Comissão Intergestores Bipartite’.
Fura Filas – Recentemente o MP entrou com ação, para investigar a denuncia, onde segundo populares, aliados do prefeito, teriam tido o aval para furar a fila da vacinação das doses recebidas pelo Governo Federal para a primeira etapa do programa nacional de imunização contra a Covid-19. “Formalizei denúncia no ministério público, com as provas colhidas e produzidas, pelos próprios vacinados, que furaram a fila de prioridade na vacinação contra à COVID-19 em Campina Grande. Ser amigo do Rei, garantiu essa prioridade”, disse a médica Tatiana Medeiros.
Remédios sem eficácia – Ao invés de procurar parcerias com o Governo do Estado e atender os decretos que pediam mais restrições de mobilidade no comercio, o prefeito preferiu distribuir remédios sem comprovação científica, como azitromicina, ivermectina e predsim, que compõem o chamado “kit Covid”, pela farmácia do Hospital Pedro I, de Campina Grande, a pacientes com sintomas leves da Covid-19. A medida desrespeita assim a recomendação de especialistas de saúde e de entidades como a Associação Médica Brasileira (AMB), que recomendam o banimento desses produtos em pacientes infectados com o coronavírus e alertam para o risco das pessoas desenvolverem outras doenças graves. O mais curioso é que a distribuição dessas substâncias foi confirmada pelo próprio Bruno, que fez uma transmissão ao vivo na noite da sexta-feira (26) em frente à unidade hospitalar.