A delegada Maria Solidade de Souza e o escrivão Alexandre Sousa tiveram a prisão preventiva convertida em domiciliar por determinação do juiz José Jackson da Comarca de Alagoa Grande. Os dois agentes da Polícia Civil foram presos nessa quinta-feira (22) durante a ‘Operação Cara de Pau’, acusados de extorquir um policial rodoviário federal. A decisão da conversão da prisão foi tomada em audiência de custódia realizada nesta sexta-feira (23).
A ‘Operação Cara de Pau’ foi deflagrada na quinta pelo Núcleo de Controle da Atividade Policial (NCAP) em atuação conjunta com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público da Paraíba.
A delegada e o escrivão foram denunciados por um servidor público federal que estava sendo extorquido pelos investigados. Segundo o denunciante, os dois exigiram dinheiro para beneficiá-lo num inquérito policial, pedindo o valor de R$ 5 mil. Dividido em duas parcelas, o primeiro pagamento foi feito com autorização judicial. Na entrega da outra metade, houve monitoramento do Ncap e o Gaeco, que prenderam em flagrante os acusados.
Foram cumpridos mandatos de busca e apreensão na Delegacia de Polícia Civil de Alagoa Grande e nas residências dos investigados, em João Pessoa. Maria Solidade e Alexandre Souza foram presos e conduzidos para a Central de Polícia de Guarabira. Os dois vão responder pelo crime de concussão, previsto no Artigo 316 do Código Penal, como o ato de exigir vantagem indevida, na qualidade de servidor público.
De acordo com o MPPB, o nome da operação ‘Cara de Pau’ foi em alusão ao “atrevimento dos dois acusados de cometerem um ato de concussão dentro de uma delegacia, achando que não responderiam pela conduta”.
A defesa da delegada Maria Solidade disse que a cliente é inocente e que buscará a revogação da prisão. Afirmou também que não teve acesso à investigação que resultou na prisão dela.
A defesas do escrivão não foi localizada para falar a respeito da prisão.