Após o anúncio da assinatura dos contratos com a Pfizer e a Janssen, o governo já adiantou cerca de R$ 1,7 bilhão às farmacêuticas por vacinas contra a Covid-19 que não recebeu. Ainda não há data para a entrega dos imunizantes.
As informações podem ser conferidas no Portal da Transparência, alimentado pelo governo federal. Os adiantamentos fazem parte de uma verba de R$ 20 bilhões liberada de forma emergencial para a compra de vacinas e autorizada por MP (medida provisória) assinada por Bolsonaro em dezembro.
O Ministério da Saúde autorizou, ainda, os pagamentos de R$ 2,3 bilhões a outras duas farmacêuticas fornecedoras de vacinas, mas cujos imunizantes não receberam aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). São elas: a União Química, fornecedora do Sputnik V (Rússia), e a Precisa Medicamentos, responsável pela Covaxin (Índia).
Os dados sobre pagamentos foram confirmados ainda no Siga Brasil, o sistema do Senado com informações sobre a execução orçamentária federal, baseadas no Siafi (Sistema Integrado de Administração Financeira).
Secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo da Cruz, afirmou que os pagamentos antecipados à Pfizer e à Janssen estão amparados em lei e que as cláusulas dos contratos são sigilosas. “No mundo inteiro, a prática é essa com esses laboratórios.” Rodrigo espera 1 milhão de doses da Pfizer até o fim de abril e todas as doses da Janssen nos últimos três meses de 2021.