Jair Bolsonaro tenta filiação em diversos partidos, entre eles o PSL, legenda na qual foi eleito em 2018. As negociações estavam avançando mas um nome, que o presidente conhece bem, impede que o acordo se concretize: Julian Lemos, deputado federal pela Paraíba e ex-amigo, um dos seus principais apoiadores na última campanha presidencial.
Para entrar em algum partido, Bolsonaro faz uma clara exigência: assumir o controle total da sigla, o que dificulta significativamente um acordo. Ele conversa ainda com Patriotas, PP, PTB e os pequenos DC e PMB.
No PSL, o presidente é firme: só fecha a filiação com a expulsão de Joice Hasselmann (SP), Junior Bozzella (SP) e Lemos. Entretanto, a cúpula da sigla, comandada por Luciano Bivar e Antonio Rueda, barrou o descarte do deputado paraibano. Por isso, as conversas com a legenda murcharam.
Bolsonaro contou do embaraço a Roberto Jefferson, presidente do PTB, que tenta convencer o presidente a migrar para o seu partido. Em reunião na última terça-feira (13), Jefferson também queria a benção do capitão para tentar atrair à legenda os ministros Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) e Gilson Machado (Turismo).
Mas o presidente pediu um tempo, pois quer que as acomodações partidárias de integrantes do governo sejam feitas quando ele decidir o seu destino. Segundo o gestor, até março já estaria de casa nova. Contudo, o mês de abril iniciou e nada está decidido.
O pedido de recuo dos convites foi bem recebido por Roberto Jefferson, que enxerga como uma sinalização de que o capitão pode acabar optando pelo PTB, algo tido como pouquíssimo provável por aliados próximos do presidente. Pelo menos até outro dia.
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