O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, está articulando, nos bastidores, uma oposição para tirar Jair Bolsonaro do poder em 2022. Filiado ao PSB, ele chegou a sinalizar uma candidatura para a presidência em 2018. Agora, o ex-ministro estuda qual candidato deve apoiar na próxima corrida presidencial.
Com a intenção de fazer com que Bolsonaro não conquiste a reeleição, Barbosa quer dar o peso de seu nome à esquerda. Para isso, poderá até abraçar uma eventual candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mesmo duvidando que o petista saia candidato.
Em conversas internas, Joaquim Barbosa diz não ter intenção de se candidatar, entretanto, a possibilidade não foi totalmente descartada. O que se sabe é que se não liderar uma chapa, não será vice de ninguém.
Barbosa foi o primeiro negro a ocupar uma cadeira no STF, sendo indicado em 2003 pelo então presidente Lula. Em 2012, como relator do mensalão, o ex-ministro votou pela condenação dos principais agentes políticos do governo do petista. Sem vínculos de amizade, Joaquim e Lula guardam semelhanças na biografia: ambos têm origem humilde e ganharam notoriedade nacional.
Quando pensava em se candidatar à presidência em 2018, Joaquim Barbosa aparecia em 3° ou 4° lugar nas pesquisas de intenção de voto, oscilando entre 8% e 10%. Declinou de sua intenção para preservar-se do excesso de exposição que o cargo lhe traria.
A informação é de Carolina Brígido em sua coluna no portal Uol nesta quarta-feira (07).