O Centro de Tecnologia em Vacinas da Universidade Federal de Minas Gerais terminou a primeira etapa da pesquisa de um imunizante contra a covid-19 que será a primeira totalmente brasileira. Com tecnologia semelhante à da vacina de Oxford/AstraZeneca, ela terá vetores virais (vírus não patogênicos para os seres humanos) capazes de codificar proteínas do novo coronavírus sem causar a doença, mas estimulando a produção de anticorpos e de células de defesa. A segunda fase, que testa o imunizante em humanos, começa em março e terão um custo estimado em R$ 30 milhões, incluindo os testes clínicos.
O desenvolvimento da vacina da UFMG teve início em fevereiro de 2020, quando começou a pandemia no Brasil. Dividida em três fases, a segunda fase começará em março, quando a vacina será testada em humanos. Segundo a coordenadora do CT-Vacinas, Ana Paula Fernandes, o grande diferencial da vacina da UFMG, em relação às produzidas pelo Instituto Butantan, em São Paulo, e pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), no Rio, é o fato de os insumos necessários —o chamado IFA (ingrediente farmacêutico ativo)— serem todos produzidos no Brasil.
Foto: UFMG/ reprodução.