Três ações tramitam no Ministério Público Eleitoral de Bayeux solicitando a cassação da prefeita do município, Luciene Gomes. Fora identificadas irregularidades na doação de cestas básicas, com acusações de facilitação de consultas médicas para aliados e aumento injustificado da folha de pessoal no período eleitoral.
De acordo com promotor de Justiça, Demetrius Castor, a gestora teria usado abertamente da máquina pública para desequilibrar o pleito. “O Ministério Público Eleitoral de Bayeux, na minha pessoa, impetrou três ações de investigação judicial eleitoral contra a prefeita por captação ilícita de sufrágio ao ver de Ministério Público. Uma referente a doação de cestas básicas, outra a consultas médicas no período de campanha eleitoral, que, coincidência ou não, foi só no período de campanha e agora parou, não sei por qual motivo e a outra foi o aumento injustificado da folha de pagamento no tocante aos codificados”, disse.
O promotor evidenciou que a prefeita estava à época, eleita de forma indireta pela Câmara dos Vereadores e “estava com a máquina administrativa na mão”. “Foi uma coisa gritante, ao ver do Ministério Público, captação ilícita gritante e impetrei uma ação. Está para que a justiça apure e diga se houve ou não a irregularidade na eleição de novembro passado”, contou.
De acordo com Demetrius Castor, as provas são robustas ao ver do Ministério Público, principalmente em relação ao aumento da folha. “Contra fatos não há argumentos, basta acessar o Sagres e ver o aumento injustificado na folha. Em dezembro foram demitidos mais de 500 comissionados, dando a entender que foi para angariar votos e conseguir a vitória no pleito, como aconteceu”, afirmou.
As investigações ainda estão no primeiro grau e está sendo apurado, conforme informações do promotor. “Já houve duas audiência referentes às cestas básicas e às consultas, e a outra da folha está correndo o prazo para apresentar documentação. Se houver recurso vai para o Tribunal Regional Eleitoral (TRE)”, completou.