A Câmara Municipal de Bayeux decidiu não conceder aumento salarial a prefeita, Luciene de Fofinho, ao vice-prefeito Capitão Clecitoni, dos secretários e dos 17 vereadores do município. A decisão dos parlamentares de Bayeux é diferente da vista nos últimos dias em algumas câmaras municipais da Paraíba, onde a promoção salarial foi aprovada com louvores.
Segundo o presidente da Casa, Jefferson Kita, seria uma afronta e um gesto de desrespeito à população bayeuxense aprovar um aumento salarial em meio à pandemia e diante da necessidade de união de forças para reconstruir a cidade.
“Somos a casa do povo, devemos ser os primeiros a dar o exemplo de como o dinheiro da população deve ser tratado. Não faz nenhum sentido conceder aumento neste momento, visto que temos outras prioridades urgentes”, pontuou o presidente.
Kita ainda citou exemplos como os das câmaras de João Pessoa, Santa Rita, Patos, Cabedelo e Bananeiras, cidades onde os aumentos salariais foram aprovados, inclusive com a instituição do 13º em alguns casos, mas que enfrentam sério desgaste ante a opinião pública e agora são questionados pela justiça e pelo Tribunal de Contas do Estado.
“Antes da eleição, o TCE enviou um documento onde diz que todo aumento deveria ter critérios e só poderia ocorrer antes da eleição, para tornar o processo claro e justo, independente do resultado do pleito. Na Câmara de Bayeux, assim o fizemos, colocamos o projeto para análise do plenário e decidimos congelar os salários de vereadores, prefeita, vice e dos secretários. Agora vemos exemplos como os de João Pessoa e Patos, onde a justiça já barrou o reajuste. Não cairemos nisso”, garantiu.
Jefferson Kita ainda argumentou que a postura adotada pela Mesa Diretora da Casa, além do respeito às pessoas e ao município, visou atender aos princípios da legalidade, da impessoalidade e da moralidade, tripé que norteia a administração pública e que deveria ser premissa de gestares do Executivo, do Legislativo e de outros níveis da administração pública.