Uma nova fase da Operação Lava Jato foi deflagrada nesta quinta-feira (10) para apurar possíveis fraudes em operações de câmbio realizadas entre a Petrobras e o Banco Paulista. Batizada de Sovrapprezzo, que significa sobretaxa em italiano, a ação cumpre 25 mandados de busca e apreensão relacionados à investigação da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, que identificou prejuízos de quase R$ 100 milhões à estatal.
Em conjunto com o MPF (Ministério Público Federal), a PF (Polícia Federal) cumpre mandados nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Teresópolis (RJ). Na capital fluminense, a sede da Petrobras foi um dos alvos segundo a GloboNews.
A operação de hoje é um desdobramento de uma fase da Lava Jato realizada em maio do ano passado, chamada Disfarces de Mamon. À época foram presos executivos do Banco Paulista, sendo que um deles forneceu informações para a investigação que envolve a Petrobras em acordo de delação premiada.
Entre os alvos dos mandados de hoje, estão três executivos do Banco Paulista. Além deles, há três funcionários que trabalhavam na gerência de câmbio da Petrobras à época do esquema, que teria funcionado entre 2008 e 2011. Medidas cautelares ainda são cumpridas contra familiares dos profissionais que teriam participado do esquema na estatal, por suspeita de participação na dissimulação e ocultação de variações patrimoniais.
A Justiça ainda determinou o bloqueio de ativos financeiros dos envolvidos nas fraudes em contas no Brasil e também no exterior, podendo chegar ao limite de R$ 97,9 milhões.
Os alvos da operação de hoje são investigados por crimes contra a administração pública e contra o sistema financeiro nacional, além de lavagem de dinheiro, corrupção passiva e ativa e associação criminosa. Os suspeitos podem ser condenados a penas que somadas variam de 33 a 38 anos de prisão.
UOL