O ex-deputado e atual secretário licenciado-chefe do Gabinete do Prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (sem partido), afirmou, nesta quinta-feira (17), que apesar de estar prestes a abandonar a gestão do prefeito Romero Rodrigues (PSD), que tem sua gestão alvo da ‘Operação Famintos’, que investiga fraudes em licitações e desvio na merenda escolar via uma ‘Orcrim da Merenda’ na atual gestão municipal, disse que mantém uma boa relação com muitos dos vereadores que compõem a Câmara Municipal. Em agosto desse ano Bruno saiu na defesa da ex-secretária e ex-cunhada do prefeito Iolanda Barbosa, presa na primeira fase da operação.
“Eu sou egresso da Câmara Municipal. Fui vereador e tenho relação com diversos dos vereadores que estão lá. Obviamente dentro dessa relação de amizade também falamos sobre a disputa para prefeito no ano que vem”, disse Bruno. Em agosto deste ano, Bruno ao analisar o começo da ‘Operação Famintos’ saiu integralmente na defesa da ex-cunhada do prefeito Iolanda Barbosa. “Eu confio completamente na lisura do processo que é tomado pela ex-secretária Iolanda Barbosa “, afirmou Bruno Cunha Lima. Veja mais: https://paraibaonline.com.br/2019/08/chefe-de-gabinete-sobre-a-operacao-famintos-confio-completamente-na-lisura/
Enquanto o Ministério Público Federal (MPF) em Campina Grande (PB), a Controladoria Geral da União (CGU) e a Policia Federal investigam os documentos apreendidos durantes as duas fases da ‘Operação Famintos’, que investiga desvios milionários de recursos da merenda escolar por uma ‘Orcrim da Merenda’ na gestão do prefeito de Campina Romero Rodrigues (PSD), poucos perceberam que a Secretária de Educação somente de janeiro e julho deste ano, já gastou a quantia de R$ 102.553.652,17, os dados constam no site do Tribunal de Contas do Estado via o Sagres Online.
Famintos 1
Com o aprofundamento dos trabalhos pelos órgãos como CGU,MPF e PF, constatou-se que desde 2013 ocorreram contratos sucessivos, que atingiram um montante pago de R$ 25 milhões. A CGU, durante auditoria realizada para avaliar a execução do PNAE no município, detectou um prejuízo de cerca de R$ 2,3 milhões, decorrentes de pagamentos por serviços não prestados ou aquisições de gêneros alimentícios em duplicidade no período de janeiro de 2018 a março de 2019.
Famintos 2
A Segunda fase da Operação Famintos teve como foco contratos firmados diretamente entre empresas – que seriam de fachada – e as escolas municipais. São investigados crimes como fraude em licitações, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e de corrupção na aquisição de gêneros alimentícios e merenda escolar. Oito pessoas foram presas. Até agora 16 pessoas já foram denunciadas pelo MPF à Justiça, por envolvimento no suposto ‘esquema’.
Processo nº 0802629-06.2019.4.05.8201
Íntegra da denúncia
http://www.mpf.mp.br/pb/sala-de-imprensa/docs/denuncia-operacao-famintos/view
Redação