Ao visitar nesta terça-feira (19) a cidade de Solânea, Veneziano Vital do Rêgo lamentou a falta de uma política integrada para o turismo da Paraíba e disse que, nas viagens que tem feito pelo estado, percebe a necessidade da adoção de uma política que contemple os municípios paraibanos. Ele concedeu entrevista aos jornalistas Alexsandro Oliveira, Lindomarques Bertulino e Wilson da Silva, na Rádio Correio da Serra, cumprimentou moradores e tomou café na Lanchonete do Aluísio, tradicional ponto de conversas políticas da cidade.
Segundo Veneziano, a Paraíba sofre hoje com uma política de turismo inexistente, que não chega nem a concentrar ações básicas no litoral paraibano. “Da mesma forma que vemos a inoperância do governo em diversas áreas, vemos também no turismo. Muita gente critica quando uma política de turismo estadual foca, apenas, o turismo do litoral, esquecendo-se do restante do estado. Pois na Paraíba não há, nem, a centralização de ações no turismo litorâneo”, afirmou.
Ele disse que o turismo Paraibano deve ser pensado de forma a contemplar uma ação efetiva em favor do litoral, com atração de turistas de outros estados e até do exterior, mas também “explorando, no bom sentido, as potencialidades do interior” e destacou a necessidade de uma ação integrada que pense a política de turismo da Paraíba abrangendo todo o Estado. “Temos que fazer uma integração. A Paraíba tem as potencialidades, mas não tem uma ação integrada”.
Veneziano lembrou que, nas cidades do interior da Paraíba, há potencialidades como o turismo de aventura e o turismo religioso que, hoje, se mantem apenas pelos seus próprios esforços, mas que carecem de uma política efetiva por parte do Governo do Estado. “Nós temos cidades que atraem pelas potencialidades, pelo clima, pelas inscrições rupestres, pela religiosidade, mas que sofrem a completa ausência de uma gestão integrada por parte do Governo do Estado.
Aniversário de Pe Ibiapina – Veneziano citou o próprio exemplo de Solânea, que recebe turistas de várias partes do país no Santuário de Padre Ibiapina, em Santa Fé, povoado que fica a 13km do centro, e aproveitou para registrar a passagem dos 130 anos de falecimento do Pe Ibiapina, celebrados justamente no dia de sua ida à cidade.
“Antes de chegar a Solânea passamos no Santuário e constatamos a grande quantidade de turistas visitando o local. Porém, você percebe que há uma total ausência de uma ação do Governo do Estado. Ou seja: o povo vem pela fé, mas existe a necessidade de uma ação efetiva para que este turismo seja pensado de forma profissional”.
O santuário tem espaço para celebração de missas campais, que ocorrem sempre no dia 19 de cada mês. Porém, é justamente no dia 19 de fevereiro que o santuário recebe uma grande quantidade de fiéis. No santuário ficam a casa onde morou Pe Ibiapina (a Casa dos Milagres), a Igreja, local de celebração das missas, seu mausoléu, um museu com objetos pessoais do Pe Ibiapina e a casa de caridade, fundada em 1866.
A Casa de Caridade foi a principal de Padre Ibiapina, de um total de 22 casas de caridade construídas no nordeste, sendo 10 na Paraíba. Elas acolhem pequenas órfãs, oferecendo uma educação completa, sob a responsabilidade das irmãs que ficaram conhecida por beatas. No santuário existe um refeitório e alojamentos coletivos, quartos duplos, triplos e quadruplos. O espaço é usado para retiros, encontros e seminários.
