Não ia postar esse texto no meu blog para não potencializar. Queria conversar com mil pessoas e não com cem mil, mas, devido a pedidos, publico agora no Blog.
Explico a cautela: tenho amigos empresários que estão inquietos, temerosos e recuados, devido a crise política acampada em nosso estado.
Temem, esses empreendedores, insegurança jurídica, caos administrativo e o que chamo de a ‘riodejaneirização’ da máquina pública, salários e fornecedores em atraso.
Eles estão satisfeitos com o combate a corrupção e desmantelamento da ORCRIM comandada por Ricardo Coutinho, mas acompanham com temor a desintegração do tecido político, avanço dos kamikazes e do populismo oportunista e irresponsável de setores da imprensa, percebendo, inclusive, o surgimento de uma nova ORCRIM semeando discórdias, como essa tentativa de afastar João Azevedo de Adriano Galdino com fofocas e versões estapafúrdias de que haveria um golpe em andamento.
Meus amigos empresários querem os corruptos na cadeia, o governador eleito governando, os deputados contribuindo para que haja estabilidade em meio ao furacão Calvário, Ministério Público botando quente e o Judiciário célere e legalista.
Essa coisa irresponsável de estimular greve branca da PM ou gerar intrigas entre os poderes deixa meus amigos empresários com um pé atrás e com um pé atrás eles reduzem suas atividades por precaução, não geram e podem até enxugar seus quadros, ampliando o desemprego, que por sua vez tira dinheiro de circulação e, por consequência, provoca queda na arrecadação fiscal.
Nada na vida tá dissociado e as ações de energia negativa desencadeadas pela ORCRIM em formação (em breve citarei cada um dos integrantes, como um dia denunciei o Coletivo Ricardo Coutinho) gera reação em cadeia, ameaçando quebrar a Paraíba como se estivéssemos derrubando a primeira pedra de um dominó.
Quem se beneficia dessa estratégia de semear o caos? Essa é a pergunta que os meus amigos empresários me fizeram.
Dércio Alcântara