• Sobre
  • Contato
17/06/2025
Blog do Dércio
  • Início
  • Brasil
  • Mundo
  • Notícias
  • Opinião Polêmica
  • Paraíba
  • Podcast’s
  • Arquivo
Sem Resultado
Ver todos os resultados
  • Início
  • Brasil
  • Mundo
  • Notícias
  • Opinião Polêmica
  • Paraíba
  • Podcast’s
  • Arquivo
Sem Resultado
Ver todos os resultados
Blog do Dércio
Sem Resultado
Ver todos os resultados
Início Brasil

Terceira onda da Covid-19 pode atingir o Brasil com Estados baixando guarda no mês mais mortal da pandemia

29 de abril de 2021
em Brasil, Coronavírus, Destaque2, Pandemia
Tempo de leitura: 4 mins de leitura
A A
Média de mortes por Covid-19 no Brasil registra queda pelo terceiro dia consecutivo

O Brasil vive em abril o momento mais dramático da pandemia de covid-19. Em apenas quatro meses, este já se tornou o ano mais letal desde o início da crise sanitária que já matou quase 400.000 pessoas. Na última semana houve um pequeno alento, com a queda no número de casos confirmados e óbitos no país provocados pelo novo coronavírus.

Mas, de acordo com especialistas ouvidos pela reportagem do EL PAÍS, ainda é cedo para comemorar. A chegada de uma terceira onda não é questão de “se”, mas de “quando”, especialmente à medida em que os Estados começam a suavizar as medidas de restrição responsáveis pela redução dos números. Com a proximidade do Dia das Mães em 9 de maio — uma das maiores datas para o comércio e momento de confraternização e encontros — existe o temor de que ocorra uma alta dos casos e mortes como a verificada após os feriados do final de ano em 2020.

A flexibilização das medidas de restrição, como ocorre em São Paulo, onde restaurantes, salões de beleza e academias puderam voltar a funcionar desde o fim de semana, é vista como temerária por médicos e pesquisadores. “Abril, que ainda nem acabou, já é o mês mais letal de toda pandemia. E independentemente disso nós estamos reabrindo as atividades novamente”, afirma Rafael Lopes Paixão da Silva, membro do Observatório Covid-19 BR. Para o pesquisador, “se a medida está dando certo é preciso continuar com ela por algum tempo para que se tenha uma margem de segurança”. Mas não é o que ocorre: “Os Governos veem uma leve queda na ocupação dos hospitais e começam a liberar de novo as atividades, isso é desesperador”. O médico epidemiologista Paulo Lotufo concorda. “Existe um erro básico que é usar como indicador [de reabertura das atividades e comércio] a taxa de ocupação de UTI. Isso não é um indicador epidemiológico, é um indicador administrativo”, afirma.

O prognóstico vislumbrado para o país não é bom. “[Os números] devem cair um pouco ainda, e depois ocorrerá uma nova subida. A questão é qual será a magnitude desta subida. Ninguém imaginou, por exemplo, que essa segunda subida fosse tão acentuada como foi [este ano o país já registrou mais mortes por covid-19 do que em 2020]. Se as coisas continuarem como estão, em julho já existe uma possibilidade de terceira onda”, diz Lotufo, citando as aglomerações que devem ocorrer em função do Dia das Mães aliadas à flexibilização do isolamento.

A afirmação de Lotufo pode soar alarmista, mas é compartilhada por outros estudiosos da pandemia. “Não existe razão para ficar aliviado. A queda dos números verificada na última semana é um processo natural de epidemia, vale para a dengue e várias outras. Mas ainda estamos em um patamar altíssimo. Se relaxarmos demais essa queda pode se tornar um platô, e pode inclusive ocorrer uma reversão da queda”, afirma Leonardo Bastos, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz, a Fiocruz. Ele diz não ser possível precisar até onde os números irão baixar antes de se estabilizar. “E aí o relaxamento [das medidas de restrição] ou novas variantes podem levar a um novo surto. Não é uma questão de ‘se’, mas de ‘quando’ isso vai acontecer. Pode ser uma onda pequena ou grande, nacional ou focada em alguns Estados. Depende muito da realidade de cada local e das políticas que foram adotadas. Ou que não foram”.

O atraso da vacinação de grupos prioritários

O lento andamento do processo vacinal no país também é outro fator que pode fazer com que uma terceira onda no país seja tão letal ou mais do que a segunda. Na semana passada o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o término da imunização dos grupos prioritários deve ocorrer apenas em setembro. A previsão inicial, feita por seu antecessor Eduardo Pazuello, era finalizar esta etapa ainda em maio. “Se tivéssemos mais celeridade na vacinação teríamos uma próxima onda com número de óbitos e hospitalizações bem menor. E se a população mais vulnerável [incluída no grupo prioritário] estivesse protegida, as chances de termos muitas mortes e casos graves também cairia”, afirma Bastos, da Fiocruz.

Mas mesmo caso o cronograma dos grupos prioritários tivesse se mantido, não seria o suficiente para barrar uma nova onda. “Só vacinar os prioritários não é o suficiente, você reduz os óbitos mas não zera, e não impede o colapso do sistema de saúde”, diz Isaac Schrarstzhaupt, Coordenador na Rede Análise Covid-19. “A estratégia precisa ser dupla. Vacinar e reduzir a taxa de transmissão. É possível evitar uma terceira onda com medidas não farmacológicas [vacinas], ainda que no Brasil isso não tenha sido feito”, afirma. Ele cita como exemplo a Nova Zelândia, onde as medidas de fechamento e restrição são implementadas à medida em que a velocidade de transmissão aumenta.

A escassez de imunizantes contará ainda com um outro fator não previsto durante a segunda onda. “A expectativa de mais vacinas é cada vez menor. Com a explosão dos casos na Índia, eles agora vão deixar de exportar seus imunizantes e insumos para outros países, e, inclusive vão entrar no processo de compra de vacinas pesadamente. Não estou vendo muita saída”, diz o epidemiologista Lotufo. “Estamos com padrão de vacinação muito baixo. O ideal é que tivéssemos entre 25% e 30%, aí teríamos uma acomodação bem melhor”, diz. “Se você analisar a letalidade da doença, que gira em torno de 1% e já matou quase 400.000 pessoas, deve haver praticamente 40 milhões de pessoas que já foram infectadas, ou seja, 25% dos brasileiros já tiveram a doença. Logo, quase três quartos da população ainda estão suscetíveis a contrair o vírus. É muita gente.”

As diretrizes do Governo com relação à vacinação também são conflitantes: inicialmente o Ministério da Saúde havia determinado que não fosse feita a reserva da segunda dose, tendo em vista que segundo o planejamento inicial —e que foi revisado para baixo inúmeras vezes— haveria suprimento para abastecer os Estados. Agora, à medida que várias capitais são obrigadas a suspender a vacinação de primeira e segunda dose por falta de imunizante, a pasta voltou atrás: o ministro Queiroga informou que a nova recomendação é de que seja feita a reserva, tendo em vista os atrasos no fornecimento de insumos e imunizantes.

EL PAÍS

CompartilharTweetarEnviarCompartilharLerEnviar
Matéria Anterior

Prefeitura de João Pessoa empresta mais de 9 mil doses da Coronavac para garantir imunização em municípios vizinhos

Próxima Matéria

Decretado sigilo sobre caso do assassinato de Patrícia Roberta

Matérias Relacionadas

Aeroporto de Campina Grande bate recorde de movimentação e ganha premiação nacional
Campina Grande

Aeroporto de Campina Grande bate recorde de movimentação e ganha premiação nacional

17 de junho de 2025
João Azevêdo vai presidir o PSB na Paraíba a partir de abril de 2025
Política

João Azevêdo adia formação de chapa para 2026 e destaca que decisão depende do consenso: “só se fecha no próximo ano”

17 de junho de 2025
Ônibus bate em caminhão parado em acostamento na BR 230 e deixa um óbito e 5 vítimas com lesões graves
Policial

Ônibus bate em caminhão parado em acostamento na BR 230 e deixa um óbito e 5 vítimas com lesões graves

17 de junho de 2025
Próxima Matéria
Após viajar para encontrar rapaz em João Pessoa, jovem de Caruaru desaparece; vestígios de sangue são encontrados em apartamento

Decretado sigilo sobre caso do assassinato de Patrícia Roberta

  • Sobre
  • Contato

© 2023 Todos os direitos reservados ao Blog do Dércio

Sem Resultado
Ver todos os resultados
  • Início
  • Brasil
  • Mundo
  • Notícias
  • Opinião Polêmica
  • Paraíba
  • Podcast’s
  • Arquivo

© 2023 Todos os direitos reservados ao Blog do Dércio