A calamidade tem pressa e durante uma catástrofe tudo deve ser mobilizado para salvar vidas.
Logo, não cabe, durante a urgência, questionamentos sistemáticos se o bote salva vidas lançado ao mar em direção aos náufragos tem a cor adequada.
Na Paraíba, o deputado Walber Virgulino é o epicentro de um vírus denuncista que confunde bravatas de WatsApp com postura parlamentar e ganha palanque nas hordas nazifacistas, na turma do quanto pior melhor e outros darks apocalípticos e majoritariamente hipócritas, pois o paladino Walber foi secretário de Administração Penitenciária do governo mais corrupto da história da Paraíba, foi santo em quarto de rapariga e só rompeu quando descobriu que Cláudio Lima não caia e não chegaria ao sonhado posto de secretário de Segurança Pública do Estado na era Ricardo Coutinho.
O gabinete de Walber na Assembleia é o “gabinete do ódio” da Paraíba, o centro de difusão de coisas pertinentes e impertinentes, tudo junto e misturado pra gerar manchetes e traçar pra Walber uma trajetória parecida com a de Ricardo Coutinho, o ex-paladino que, no percurso de suas bravatas, descobriu-se ser chefe de quadrilha.
Esse trabalho de contraponto que Walber faz é importante, mas tudo tem seu tempo certo e ele peca pelo exagero e estabanamento.
A bolha que Walber financia e infla se apequena pelo assodamento e, ao atacar a imprensa, ele esquece a máxima de que é a roda pequena que gira dentro da grande e não ao contrário.
Chamada de marginal, chegou a hora de tolerância zero e o Conselho de Ética da Assembleia precisa ser acionado pelas entidades que representam a categoria agredida.
Dércio Alcântara