Existe o tempo dos homens e o tempo de Deus. Quem souber distinguir um do outro e esperar aquela hora em que tudo acontece (Maktub) estará em grande vantagem sobre os céticos.
No best seller ‘O Alquimista’, Paulo Coelho dedica páginas para nos fazer entender a diferença sutil entre o mutável e o imutável, o mundano e o divino, o que vai ser escrito e o que já está.
Maktub quer dizer ‘está escrito’; o que é predestinado e vai acontecer. A sabedoria, então, é não brigar com o imutável. O sábio observa para remar a favor do grande rio que corre para o mar, como o velho do rio que fazia as travessias de Sidarta de uma margem a outra da correnteza do destino.
Dito isso, passo a observar quem tem sabedoria e quem não tem na política paraibana. Quem entendeu que não adianta querer mudar o curso do rio, pois no traçado das águas Maktub.
Incendiários, quando no tempo de Deus incendeiam as massas, são sábios e revolucionários, viram a mesa para tocar a trombeta do destino.
Sábios, quando bombeiros agindo para não deixar que risquem fósforos no que é volátil fora do tempo de Deus, são anjos preservando o Maktub.
Se eu fosse Efraim Filho não fixava prazo e esperava o tempo de Deus.
Dércio Alcântara.