Na disputa pela vinculação do voto com Lula ganham todos, menos Ricardo. E explico: ao tentar se limpar usando Lula como papel higiênico, ele não convence porque tenta colar no seu caso o mesmo que aconteceu com Lula, acusado de forma açodada pelo ex-juiz Sérgio Moro, sem provas e com erros processuais crassos.
No caso de Ricardo Coutinho não há Lawfare, o GAECO cumpriu todas as etapas da investigação com muito esmero, num trabalho primoroso e irretocável de uma das maiores ações investigativas do MP no Brasil, a Operação Calvário.
Todo o rito processual foi perfeito e as delações e coletas de provas aconteceram de forma cadenciada e com respeito ao contraditório. Nesta segunda etapa, quando o desembargador Ricardo Vital aceitou as denúncias nos 12 processos contra o ex-governador, também o rito foi e vem sendo respeitado com todo o cuidado para não ser acusado, como no caso Lula, de virar peça de propaganda eleitoral numa condenação precipitada e sem respeitar prazos e contra razões.
Veneziano e João souberam na medida certa crescer colando em Lula. O primeiro com mais espaço e recomendações, e o segundo adquirindo e mantendo o direito de estar com Lula na mesma foto.
Já Pollyanna teve sua dubiedade denunciada, pois ao mesmo tempo que se vende como íntima do ex-Presidente, foi pega numa saia justa por andar com lá e lô, feito uma camaleoa oportunista. Mas, mesmo assim, tem tirado proveitos, apesar das poucas chances de êxito, pois ontem recuou para o quarto lugar nas pesquisas ao perder até para o sem guia Sérgio Queiroz.
Dércio Alcântara