Nesta sexta-feira (16), os senadores acordaram os nomes que irão compor os cargos de comando da CPI da Pandemia. Para relator da investigação, o escolhido foi Renan Calheiros (MDB-AL). O colegiado será presidido por Omar Aziz (PSD-AM) e o vice-presidente será o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Os oposicionistas e chamados “independentes” que integram a CPI selaram acordo na manhã desta sexta. O governo federal não queria que a relatoria ficasse com Renan, mas ao se acertar com o correligionário Eduardo Braga (MDB-AM), nome de preferência do Planalto, Calheiros conquistou o apoio da maioria.
O emedebista de Alagoas conta ainda com a promessa de apoio dos dois senadores do MDB, Aziz e Otto Alencar (BA), e dos três oposicionistas: Randolfe, Humberto Costa (PT-PE) e Tasso Jereissati (PSDB-CE).
O senador Randolfe Rodrigues almejava a presidência da comissão, até mesmo pelo fato de ter sido um dos autores do requerimento que levou à sua instalação. Entretanto, ele cedeu o posto para Aziz com o intuito de barrar um acordo entre o parlamentar do PSD com a ala governista da CPI (que tem 4 integrantes), evitando que isso desequilibrasse o jogo a favor de Bolsonaro no colegiado.
A oposição chegou à conclusão de que, mais importante do que ter a presidência é fazer a comissão andar. Para isso, eles têm de manter unido o grupo de seis senadores que agora se fechou em torno da composição dos nomes da direção dos trabalhos.
A formação deve ser validada em um reunião com os membros da CPI nesta tarde.
O Globo