O prefeito de Campina Grande deflagrou o processo para licitar o sistema de água e saneamento da cidade, que atualmente é gerido pela Cagepa. O mais interessante de tudo, além de o processo ter sido deflagrado em pleno ano eleitoral sendo que o contrato com a Cagepa findou desde 2014, é que Romero quer faturar R$ 200 milhões com a privatização, vendendo o que não tem.
Campina não tem água para suprir suas necessidades. Todo mundo sabe que a água consumida em Campina Grande vem do Açude Epitácio Pessoa, localizado na cidade de Boqueirão.
Campina não tem rede de distribuição de água. Quem tem é a Cagepa. Campina não tem adutora. Quem tem é a Cagepa.
Campina não rede de coleta e estação de tratamento de esgoto. Quem tem é a Cagepa.
Ou seja, caso essa ação esdruxula se concretize, a empresa que vencer a licitação, além de pagar os R$ 200 milhões a Prefeitura de Campina, a mesma da Famintos, vai ter que comprar a água para revender aos campinenses, vai ter que pagar para usa a rede de distribuição, vai ter que pagar para usar a rede e a estação de tratamento de esgoto, ou então vai ter que construir isso tudo de novo, o que vai levar uma fortuna e advinha quem vai pagar a conta? O povo da Famintos? Não. É o consumidor.