A Secretaria de Saúde de Campina Grande decidiu, nesta terça-feira (11), afastar os profissionais da maternidade Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea) que atenderam uma gestante vítima de uma suposta negligência médica. A mulher perdeu o útero e o bebê morreu. A Polícia Civil está investigando o caso.
O caso foi denunciado, inicialmente, nas redes sociais pelo pai do bebê. Segundo ele, a mãe recebeu uma superdosagem de um medicamento para induzir o parto. O bebê morreu durante o parto e as complicações fizeram com que a mulher perdesse o útero.
Inicialmente, a secretaria informou que iria abrir uma sindicância para apurar o caso. Algumas horas depois, ainda na noite desta terça-feira (11), o órgão emitiu uma nota anunciando a determinação de afastamento dos profissionais envolvidos, até que o caso seja apurado.
“O afastamento se faz necessário enquanto durar a sindicância que investiga a ocorrência. A Secretaria de Saúde acrescenta que toda a apuração será feita com o máximo rigor e os profissionais terão amplo direito de defesa, no processo”, diz a nota.
De acordo com o diretor administrativo do Isea, Ítalo Cunha, um médico já foi afastado e os outros profissionais vão ser chamados para serem comunicados sobre a decisão nas próximas horas. Ele não soube informar quantos profissionais, e de quais áreas, estão envolvidos diretamente no caso.
Segundo o delegado Rafael Pedrosa, o caso está sendo investigado pela Polícia Civil. A investigação avançará com o depoimento de testemunhas e o resultado de laudos periciais, incluindo exames no corpo do bebê, exame toxicológico, exame de lesão corporal na mãe do bebê e análise pericial do útero, que foi levado separadamente.