O programa 360 Graus recebeu nesta sexta-feira (13) o secretário da Procuradoria de Proteção e Defesa do Consumidor de João Pessoa (Procon-JP), Rougger Xavier. Na oportunidade, ele revelou que um de seus objetivos dentro do órgão é tirar sua imagem punitiva e mostrar que o Procon está ali para resolver com efetividade o problema dos consumidores pessoenses.
Ao assumir a pasta, em janeiro de 2021, Rougger relata que recebeu de Cícero Lucena a missão de mudar a imagem do Procon municipal e tornar o órgão mais resolutivo. Desde então, assumiu também o propósito de deixar um legado de melhorias para a proteção e defesa do consumidor, afastando ainda qualquer tipo de vinculação política do órgão.
“O Procon ficou marcado como um órgão muito punitivo, um órgão que punia muito empresas, que aplicava muita multa, que tinha na punição sua principal forma de atuação. Assim que Cícero me chamou, a primeira orientação que o prefeito me deu foi: ‘não quero o Procon perseguindo empresas, não quero o Procon com o intuito de arrecadar dinheiro, não quero o Procon punindo por punir. Eu quero o Procon resolvendo o problema dos consumidores'”, ressaltou.
Ainda na conversa, Xavier declarou que as empresas campeãs de reclamações no órgão são as de telecomunicações. O secretário destacou a atuação da CPI da Banda Larga, instaurada pela Câmara Municipal de João Pessoa, que segundo ele, ajudou a identificar alguns gargalos na má prestação do serviços aos cidadãos. Ele citou como exemplo o emaranhado de fios nos postes da Capital, que foi apontado como uma das principais causas para queda do sinal de internet.
Rougger Xavier afirma que as empresas contribuem para a péssima prestação de serviços, todavia, os consumidores também se acomodam e ficam satisfeitos com o que lhe é ofertado, mesmo que esteja longe daquilo que foi contratado.
“Essa é minha grande luta no Procon: é fazer com que o consumidor pare de se acomodar diante do serviço mal prestado. O consumidor não pode se sentir satisfeito com um produto, um serviço prestado de forma ruim. O serviço é muito ruim no Brasil, em tudo”, acrescentou.