A Operação Calvário “ganhou” mais quatro denunciados. Desta vez o ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, o advogado Jovino Machado, Saulo Ferreira Fernandes e o empresário da Cruz Vermelha do Brasil e delator Daniel Gomes foram alvos de acusação do Ministério Público.
De acordo com a denúncia, Daniel Gomes teria feito um pagamento de R$ 150 mil, em 2012, para Romero, que seria usado em sua campanha eleitoral para a Prefeitura de Campina Grande. O dinheiro, conforme os investigadores, teria sido pago em duas parcelas de R$ 75 mil.
A destinação de recursos para a campanha de Romero não foi à toa. Se fosse eleito, o agora ex-prefeito colocaria as organizações sociais comandadas por Daniel na gestão na Maternidade Elpídio de Almeida.
“O objeto desta denúncia, em essência, revelou os bastidores da criminosa engenharia criada para a inserção da Cruz Vermelha do Brasil – Filial do Rio Grande do Sul (CVB/RS) para gerir as estruturas de saúde de Campina Grande/PB, a começar pelo ISEA (Instituto de Saúde Elpídio de Almeida) e Hospital Pedro I”, relata a denúncia.
Romero Rodrigues afirmou que é inocente, alegando que jamais solicitou os recursos narrados na denúncia. Ele ainda relatou que irá prestar todos os esclarecimentos à Justiça. Ele ainda destacou que a prefeitura de Campina Grande, sob sua gestão, nunca teve contratos com organizações sociais investigadas na Operação Calvário.
Os outros denunciados pelo Ministério Público não foram encontrados.
Os fatos foram relatados na colaboração premiada de Daniel Gomes, noticiado no Jornal da Paraíba.