O ex-governador da Paraíba e candidato a senador pelo PT, Ricardo Coutinho, propôs em entrevista para a Rádio CBN nesta terça-feira (6), a revisão de reformas que prejudicaram os trabalhadores. “Não é possível você ter 2 mil reais e ser taxado pelo Imposto de Renda. Enquanto isso, você tem dividendos e lucros enormes que não são taxados”, questionou.
Ricardo explica que hoje existe uma grande subversão na sociedade brasileira, onde os pobres pagam mais impostos e os mais ricos seguem ilesos. Segundo ele, a reforma deve ser feita tirando o foco do consumo e mirando na renda e no patrimônio.
O candidato defende uma reforma tributária justa e progressiva, afirmando também que o Brasil precisa dar uma guinada na responsabilidade fiscal.
“Não é possível que a parte mais pobre da população pague proporcionalmente a maior parte dessa conta. Se você transforma renda e patrimônio no foco principal, nós vamos ter capacidade de arrecadar mais. Tirar o dono da padaria, o dono do açougue, tirar essa turma que muitas vezes, para fugir do imposto, tem que fazer as coisas por fora”, disse.
Além disso, o candidato garantiu que vai ser da bancada de revisão das reformas Trabalhistas e na Previdência. Conforme Ricardo, quanto mais direitos, mais consumo um país gera. Ele explica ainda que, no caso da previdência, o problema está no atual alto desemprego.
“Porque que a previdência na época da Dilma e do Lula era superavitária e hoje ela é deficitária? É por conta do desemprego. Se você tem um desemprego baixo, você tem mais gente contribuindo, então você tem superávit, e a garantia de que os futuros aposentados receberam”, pontuou.
Sobre as pautas prioritárias do seu mandato, falou que a reconstituição do tecido social democrático e da economia serão suas maiores bandeiras. Com essas pautas, o país pode não só refazer sua caminhada dos últimos oito anos, mas também projetar para os próximos 30 anos.
Ele confia que sua experiência e acúmulo de conhecimentos adquiridos como vereador, deputado, prefeito e governador vão o ajudar nessa jornada.
“Não existe uma única cidade neste território paraibano que não tenha uma grande ou estratégica obra. Seja escolas, seja estrada, seja água, seja hospital. A vida das pessoas melhorou e as pessoas sabem que eu não faço milagres. A Paraíba não produz dinheiro, portanto o dinheiro estava lá. A diferença é que eu respeitei esse dinheiro que é público e fiz esse dinheiro retornar em forma de obra, ações e serviços”, sinalizou.
Sobre a Operação Calvário, disse que está tranquilo e afirma que sua candidatura segue fortalecida e com o reconhecimento do povo.
“Vou dizer a mesma coisa que disse três anos atrás: reviraram minha vida de cabeça pra baixo e não encontraram nada. O único intuito era me tirar da política, mas eu estou aqui e a população tanto sabe disso, como me faz líder em todas as pesquisas, até nas dos adversários”, declarou.




