O eleitor de Veneziano precisa saber qual é o jogo que o ex-governador Ricardo Coutinho joga e, ao saber aqui nesta análise fria dos fatos e conjuntura, vai querer distância daquele que é apontado como o chefe da quadrilha que protagonizou o maior esquema de corrupção da Paraíba.
Ricardo sonha com uma volta triunfal ao Palácio da Redenção, obviamente para dilapidar o restante do patrimônio que a sua sanha de locupletação não conseguiu implementar.
Para isso, ele precisa ter uma boa performance agora nas urnas, mesmo inelegível e com votos anulados, que é para justificar uma nomeação para um hipotético futuro governo Lula.
O sonho de Ricardo é um ministério como o da Integração Regional ou um de políticas públicas, que lhes garantam acesso a fonte de recursos e visibilidade nacional.
Eleito João, o plano A de Ricardo, mesmo sem ter jogo combinado, ao final dos quatro anos este não terá direito a reeleição e Ricardo surge como contraponto natural contra um Lucas Ribeiro fraquinho.
Eleito Veneziano, ele teria um grau de dificuldade maior, por este ter direito a reeleição, ser carismático e do mesmo campo progressista, o que garantiria o apoio de Lula.
Quem conhece Ricardo sabe que o corrupto, segundo denúncia do GAECO, só joga na base do samba de uma nota só e essa dobradinha com Veneziano agora não recebeu o gás necessário das lideranças ligadas a ele, e que o candidato do MDB tem ido a eventos classistas sem Ricardo, que não tem feito muita questão na eleição de Veneziano, só o suficiente para usá-lo como bucha de canhão.
Um bom exemplo dessa solteirice de Ricardo num jogo que Veneziano joga casado é que os percentuais de Ricardo sempre ficaram ali pertinhos do de João, como se houvesse uma transferência espontânea ou jogo cruzado da parte dele, pois o governador não quer conversa com o meliante nem que seja para entrar no céu.
Como exemplo do que afirmo acima, vejam os senhores com os próprios olhos como Ricardo sinaliza o voto majoritário, fazendo o L de Lula e cruzando os dedos para governador.
Dércio Alcântara