E agora prefeito Bruno Cunha Lima?Em reportagem exibida pelo JPB primeira edição, pacientes acometidos pela Covid-19 são transferidos de Campina Grande para João Pessoa. O motivo seria a falta de leitos exclusivos para atender as pessoas acometidas pela doença.
O diretor do Hospital das Clínicas de Campina Grande, Jhonny Bezerra, afirma que o momento é de preocupação, pois há lotação dos leitos de UTI e cerca de 99% de lotação dos leitos de enfermaria dos hospitais da região.
A razão é a chegada de outros pacientes oriundos de municípios vizinhos, à exemplo da cidade de Esperança, que apresentou aumento no número de casos da doença e de Patos, no Sertão do Estado.
O Conselho Regional de Medicina da Paraíba constatou que o Hospital de Clínicas de Campina Grande (HCCG) e o Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC) tinham 100% de ocupação de UTI para tratamento da Covid-19 nesta semana.
Dados inconsistentes
Os dados divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde afirmam que mesmo diante do cenário da pandemia do novo coronavírus no momento, existem leitos disponíveis. Veja o quadro abaixo divulgado na quinta-feira (20):
Os dados entram em confronto quando a Secretaria Estadual de Saúde divulga a relação de ocupação de leitos UTI e enfermaria, onde mostra que a taxa de ocupação é de quase 99%. Segundo as informações, Campina vive seu pior momento diante do cenário pandêmico.
Porém, para o gerente de Vigilância em Saúde de Campina Grande, Miguel Dantas, esses leitos “disponíveis no papel” são espaços de salvaguarda, ou seja, para serem ocupados em caso de colapso no sistema de saúde.
Miguel alega ainda que existe uma ocupação real de 75 % da rede de saúde, porém, os leitos “reservas” que deveriam ser utilizados em possível aumento no número de casos e chegada de novos pacientes não podem ser ocupados, pois são espaços “de segurança”.
Este se consolida como mais um exemplo da postura adotada pela gestão municipal no combate à pandemia da Covid-19.