A partir da próxima segunda-feira, 3 de junho, os professores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) irão paralisar as atividades por tempo indeterminado. A greve dos docentes foi aprovada durante assembleia geral da Associação dos Docentes da Universidade Federal da Paraíba (ADUFPB), realizada no Centro de Vivências da UFPB.
Na manhã da quarta, a ADUFPB já havia deflagrado greve nos campi de Areia e Bananeiras. O tesoureiro da associação, professor Édson Franco, explicou que não haveria outra a alternativa, considerando os posicionamentos do governo federal, que não fosse a paralisação por parte dos docentes.
Na votação, ao todo, foram registrados 167 votos favoráveis a greve, 38 contrários e 2 abstenções. Já em João Pessoa, foram contabilizados 147 votos favoráveis e 23 contra a greve.
Ficou marcada para a segunda (03), às 15h, a instalação do comando de greve na sede da ADUFPB, localizada no Centro de Vivências da UFPB.
Segundo a Associação, a paralisação pode ser justificada pela postura do governo federal, que nega qualquer possibilidade de reajuste salarial este ano e oferece aumento de 9% em 2025 e 3,5% em 2026. Os docentes defendem índice de 22,71% (perdas acumuladas desde 2016) como horizonte de recomposição para os próximos três anos, sendo 7,06% em 2024; 9% em janeiro de 2025; e 5,16% em maio de 2026.
Na última segunda-feira (27), o governo reafirmou que não há mais margem para negociação nem reajuste em 2024. Porém, após pressão dos sindicatos, aceitou se reunir novamente no dia 3 de junho. “Esperamos que, nessa data, nós tenhamos uma efetiva mesa de negociação e não mais um momento de intransigência da parte do governo federal, que se nega a negociar com professores e professoras”, disse Gustavo Seferian, presidente do Andes-SN.